Concentração na cozinha
Defendemos por aqui que o importante é que as pessoas se dediquem à cozinha, que nem sempre é preciso passar muito tempo para fazer algo bom depois de um dia atarefado. Mas existe uma coisa que é importante neste contexto. Mesmo quando se cozinha algo rápido, é preciso ter concentração para realizar essa tarefa. E esta semana estamos a perceber isso melhor que nunca.
A concentração é essencial
Seja em que tarefa for. Sempre que fazemos algo a pesar noutra coisa, é muito provável que as coisas não corram como deviam. E é o que tem acontecido esta semana. Ou por excesso de confiança, ou por achar que é possível fazer tudo, os erros acontecem. Erros básicos. Daqueles que chegamos ao fim e dizemos, caraças, este era fácil de evitar. E quase sempre são. Se soubermos como as coisas funcionam e tivermos concentração, é difícil errar. Quando queremos fazer tudo ao mesmo tempo, corre mal.
E que correu mal?
Coisas demasiado simples. Coisas que avisamos aqui artigo atrás de artigo para que as pessoas não façam. Por exemplo, esta semana fizemos uma canja. A Inês sabe EXACTAMENTE como gosta da canja, então esperei por ela para fazer como ela gosta. Ela disse-me tal e qual como costuma fazer, e eu, em vez de ouvir primeiro e racionalizar a receita, fui fazendo à medida que ela ia falando. Cansado, não concentrado, e com o cérebro desligado, coloquei o sal antes do tempo. Depois, com caldo que foi acrescentado, a canja ficou salgada. Erro parvo, não foi? Ontem voltei a fazer outro.
Dois erros numa semana?
Podem crer. Isto também só erra quem faz e quer aprender mais. “Olha para ele a arranjar desculpas”. Seus sacanas, já me apanharam. ? Mas vamos ao que interessa. Ontem estive a estufar novilho. A Inês vinha muito mais tarde do trabalho e eu ainda queria ir correr, então, vamos estufar o novilho lentamente. Mas com a coisa de passear os cães, mudar de roupa e o tempo a passar, fiz tudo à pressa. A carne acabou por não absorver sabor quase nenhum. A pressa e excesso de confiança têm destas coisas.
E que aprendemos?
Aprendemos que há erros que são reversíveis: uma batata na canja e um pouco mais de água e o sal foi ao sítio. No assado: retirar a carne do assado, coar o molho, retirar o excesso de gordura, reduzir e engrossar o molho, fatiar a carne e regar com o molho. Pronto, problemas resolvidos. Mas podiam ter sido evitados. Não deixamos de aprender com os erros. Até é quando aprendemos mais. Lições a tirar daqui? Façam o que fizerem, dediquem-se a 100%. Mas nunca tenham medo de errar, desde que estejam dispostos a aprender com isso.
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