Lisboa – Onde comer bem

O Turismo está cada vez mais forte e Lisboa cada vez mais para aí virada. Se é verdade que aparecem cada vez mais sítios que prescindem da sua qualidade, ou identidade, para serem isco para turistas, também o contrário é verdade. Aqueles que primam pela qualidade de serviço e da comida, aqueles que se mantêm fieis aos seus princípios, originalidade e criatividade. Hoje trazemos uma lista de alguns dos nossos restaurantes favoritos em Lisboa. Uns mais caros, outros mais baratos. Uns mais finos, outros menos. Há para todos os gostos. A única certeza que damos é que são todos muito bons.

O Marquês – Calçada da Ajuda

Não podíamos começar de outra forma. Esta é a nossa cantina, a nossa segunda cozinha em Lisboa, o nosso poiso fora de casa. Aqui é onde vamos quando não temos tempo, quando nos apetece sair sem pegar no carro, o nosso recurso. Mas um grande recurso. É a verdadeira churrasqueira de bairro. Grandes grelhados, cerveja bem fresca e um excelente serviço. Um atendimento pessoal e familiar, sempre de cliente habitual. Simpáticos e sempre com um sorriso enquanto servem um dos melhores (senão o melhor) frango assado que já comemos, ou um Bife à Marquês de comer e chorar por mais, ou ainda um excelente bacalhau assado na brasa com pimentos. Tudo o resto é muito bom também. Estes são só os nossos pratos favoritos.

Taberna da Rua das Flores – Chiado

Um espaço pequeno, inspirado nas antigas tabernas portuguesas onde arranjar mesa é difícil (não há reservas), mas é uma luta que vale sempre a pena. O Chef André Magalhães sabe o que faz e a ementa mostra sempre muita criatividade. Petiscos re-inventados e diferentes preenchem a tábua de ardósia que vai de mesa em mesa convencer quem por lá se senta. O objectivo é a partilha e nunca ninguém sai de lá mal. Os petiscos mudam muito e variam consoante a época do ano ou os ingredientes que estão a dar. Tudo é bom e diferente. Mas não se esqueçam! Vão cedo se querem jantar, senão arriscam-se a não ter mesa.

Sea Me – Peixaria Moderna – Chiado

Este é um dos grandes restaurantes de Lisboa. Onde nunca comemos mal, nunca tivemos um mau atendimento, nunca fomos mal recebidos. Aqui é onde nos recomendam sempre bem e não fazem questão de nos empurrar para as coisas mais caras. A ementa tem os pratos principais (que nós nunca provámos) e depois tem uma grande componente de entradas e petiscos para partilhar. Normalmente é sempre para aqui que vamos e é uma experiência fantástica. Para terminar, vem sempre um prego do lombo ou prego de atum. Ninguém sai dali mal tratado. E atenção à garrafeira. Bastante boa e as recomendações costumam ser muito acertadas.

Ibo Restaurante – Cais do Sodré

O Ibo é um restaurante de excelência a todos os níveis e, acima de tudo, um marco Lisboeta para quem tem raízes moçambicanas e gosta de matar saudades com os bons pratos que se faziam por aquelas bandas, ou até mesmo provar as cervejas de Moçambique. Desde as entradas, pratos, sobremesas e carta de vinhos há pouco a apontar a este restaurante. A simpatia e perfeição com que o Chefe João Pedrosa e a sua equipa produzem e apresentam os pratos é exemplar. Localizado mesmo à beira rio, tem uma grande atmosfera. O atendimento acompanha o resto do serviço. Além dos pratos moçambicanos, há mais por onde escolher. Nós é que nunca fomos por esse lado. Ibo, para nós, é Moçambique em Lisboa.

Menções honrosas

As menções são três e são todas grandes referências. Temos a The Fish & Chip Shop onde as opções são entre choco ou bacalhau fresco. Fica no Restelo e é também um dos nossos sítios habituais. É um grande sítio para se comer e tudo o que confeccionam é de uma qualidade incrível. A seguir vem o Prego da Peixaria. Ainda só fomos ao do Principe Real, mas gostámos tanto que voltamos sempre ao mesmo. Este espaço é um spin-off do Sea Me, dado que os pregos tinham tanto sucesso que fazia sentido expandir o conceito. E, minha nossa, como resultou. Tanto de peixe como de carne, todas as opções são brutais. E não se esqueçam das batas fritas de batata doce. Nunca se esqueçam das batatas!

Last but not least, vem a ressuscitada Adega dos Lombinhos, com a sua nova localização e vestimenta de O Abrigo. Trocou a Baixa pela Penha de França e apesar de não ter perdido qualidade, a verdade é que para quem conhecia o sítio original, perdeu um pouco de charme. A Adega dos Lombinhos tal como a conhecemos, era muito mais do que uma menção honrosa. Era um destaque e mereceu neste blog algumas menções. Não devem nunca deixar de visitar e comer as preciosidades que se fazem naquelas frigideiras. Só temos saudades do original.