O Natal já passou. E as tradições?
Infelizmente, o Natal passou. Bom, pelo menos para nós que gostamos desta altura do ano. É nesta altura do ano que aproveitamos para nos juntar com algumas pessoas com quem estamos menos e revivemos as tradições. As tradições unem-nos, transportando-nos para as experiências que passámos juntos. À volta da mesa composta pelo bacalhau, as couves, as batatas, os ovos cozidos e a cebolada, partilhamos histórias que praticamente partilhamos todos os anos. E todos os anos elas sabem bem de ouvir. Voltamos a casa. As vidas mudam, as pessoas evoluem, mudam de casa, mudam de país. Mas são as tradições que nos mantêm ligados. Sem elas, somos menos. É verdade que se podem sempre criar novas tradições. Mas a verdade é que raramente funcionam porque normalmente ou são muito forçadas ou carecem de sentimento.
Tradições na cozinha
No que diz respeito à cozinha, somos também a favor das tradições. Percebo que a cozinha esteja desde os últimos anos a atravessar uma fase de “necessidade” de evolução, uma carência de fazer as coisas diferentes. Para nós, diria que há 3 “movimentos” diferentes: os que querem fazer tudo novo, mudar tudo, mexer em tudo; os que já não querem fazer quase nada porque nunca há tempo ou paciência e recorrem constantemente aos robôs de cozinha; e os que são contra as inovações na cozinha e se mantêm no tradicional, custe o que custar. Todos estes caminhos têm prós e contras. Inovar e experimentar coisas novas é bom, mas não sempre. Manter-se sempre fiel ao tradicional nem sem é bom, porque pode limitar a evolução. O Natal é uma boa altura para colocar o robô de lado e aproveitar tudo o que os avós e pais têm para nos passar e ensinar.
Há alturas para tudo. Há alturas em que a tradição deve e tem que mandar. E esta, para nós, é uma delas. Cuidem das vossas tradições, não só no Natal, mas sempre que for um momento relevante para a vossa família, porque elas definem-vos enquanto pessoas.
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