O que aconteceu ao resto das lulas? Magia

Tinhamos prometido contar o que fizemos com o resto das lulas que usámos na espetada de lulas e camarão. Aqueles tentáculos lindos não podiam ir para ao lixo, claro! Bom, esta até era óbvia. É tudo menos desperdício aquilo. Há outros desperdícios, ou melhor, coisas que nós achamos que são desperdícios que poderiam ser muito bem aproveitados nas nossas cozinhas, como por exemplo aparas de legumas ou cascas para fazer um bom caldo. Mas isso fica para outras núpcias. Haveremos de falar aqui sobre aproveitamentos, mas isso é um assunto que merece um capítulo só seu. Por agora, voltamos às lulas.

Como chegámos lá?

Enquanto esperávamos pelas brasas certas para as espetadas, não podíamos passar fome. Então decidimos engendrar um petisco rápido. Afinal, as perninhas das lulas estavam logo ali, ao lado do chouriço picante que pingava a sua essência. Era preciso juntar os dois e fazer magia. Estava portanto na hora de meter mãos à obra. Aliás, no alho.

Como fizemos?

Piquei muito alho, coentros e malagueta. Nos entretantos, a frigideira foi posta sobre a brasa do churrasco para aquecer bem. Azeite, deixar aquecer e depois juntar o chouriço picante. O dito começa a largar os seus líquidos e aí juntamos os alhos e o caule dos coentros. Assim há mais líquido na frigideira e os alhos já não queimam. Depois de alourar tudo e começar a ganhar cor, juntamos os tentáculos das lulas. Agora aqui é um pouco a gosto. Vejam como gostam da textura das vossas lulas. Temperem a gosto: sal, pimenta, umas gotas de limão. Depois é só retirar do lume e juntar os coentros.

O resultado

Posso dizer-vos que é uma combinação que resulta muito bem. Teve a aprovação de todos evolvidos. Bom, quase todos que a equipa canina/felina não pode provar tudo. Parece que lhes faz mal.

Experimentem e depois digam se não é verdade. Afinal a Magia existe. Tanto, que tive que apontar.