Frango com crosta doce

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Este é rápido e fácil. Um forma diferente de fazer frango no forno, para não ser sempre a mesma coisa. Basta temperar o frango com massa de pimentão, massa de alho, pimenta e piri-piri a gosto. Enrolamos uma fatia de bacon e regamos com xarope de ácer. Não se esqueçam de dar uns golpes no frango antes para o sabor penetrar. Levamos ao forno até ganhar aquela cor boa!

Noutro tabuleiro assei lentamente legumes no forno. Cebola roxa, pimentos e tomate chucha.

Como segundo acompanhamento fiz um arroz. Para isso fiz um refogado com cebola e alho e fui salteado o arroz com a calda dos legumes assados e do frango que tinha assado. Sempre que evaporava o caldo, lá ia mais um pouco. Ficou brutal!

Para acompanhar nada como um bom vinho. Desta feita, fomos para o Stravaganza. Um vinho do Douro, colheita de 2011. Este é um vinho do Grupo Parras, uma empresa que produz e distribui vinhos de várias regiões com a sua equipa de enólogos. Trata-se de um vinho de cor púrpura, aroma e sabor intenso a frutos vermelhos maduros com suaves nuances de baunilha a evidenciar o estágio em madeira. As suas castas são Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Franca.

Recomendo. Tanto a comida, como a bebida.

This on is fast and easy. It’s a different way to make chicken in the oven, so we don’t make the same thing every day. Just season the chicken with red pepper paste, garlic paste, black pepper and chili. We roll the chicken with bacon and cover the skin side with maple syrup. Don’t forget to make some cuts in the chicken so the flavor goes in. You put it in the oven until it gets that rich color.

In another tray we slow roast some red onions, peppers and cherry tomatoes.

As a second side dish I made some rice. For that I sauteed the rice in olive oil, onions and garlic adding the liquid from the baked vegetables and the roast chicken as needed. It was amazing!

To go along with the food, nothing like a good wine. This time, we went with Stravaganza. A wine from Douro, 2011 harvest. This is a wine produced by Grupo Parras, a company that aggregates many regions from Portugal with it’s team of experts. This is a wine with a purple color, intense aroma and flavor of mature red fruit with soft touches of vanilla, remind us of its wood stage. It’s grape varieties are Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Franca.

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AMESA está-se bem

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De facto, AMESA está-se bem. É um trocadilho fácil, mas que faz todo o sentido. Entrámos por acaso. Não era de todo aquele o nosso destino. Íamos para o brunch do Chefe Nino enquanto pesávamos quanto queríamos ir ao Chefe Nino. Por culpa minha claro. A Inês gostou bastante da experiência lá, eu mais ou menos. Então quando passámos à porta da pizzeria, encontrei ali uma forma fácil de convencer a Inês a mudar de rumo. Já a conheço bem.

Entrámos e não nos arrependemos. Do início ao fim, correu tudo bem. Só mudava ligeiramente o serviço, onde há tarefas que só um dos empregados pode fazer como nos apercebemos a pedir algo (que não me recordo agora do quê) a outra empregada. Mas eles lá terão as suas razões, e isso não afectou em nada a nossa vontade de voltar e o ar de satisfação com que de lá saímos. Passamos logo uma vergonha, quando à entrada pedimos as ementas para tomar a decisão de ficar e nos deram dois livros (livros a sério) para as mãos. Abrimos e eram livros normais. Pensámos genuinamente que estavam a gozar connosco, mas afinal não. A ementa estava mesmo lá.

It’s a fact that at AMESA, (the table) we are comfortable. It’s a word pun that only works in Portuguese, but take my word, it’s good! We entered the restaurant by chance. It wasn’t our destination. We were heading for a brunch in Chefe Nino while considering our options. Because of me of course. Inês really enjoyed her experience there. More than me. So as we passed beside the pizzeria, I saw my chance to change destination. It’s easy to convince Inês to go for pizza. Almost as easy has myself. I know her well.

We went in and we didn’t regret it. From the start till the end, all went well. The one thing I would change would be with the service, since there were tasks that for some reason, only one of the waiters could perform. I don’t really remember what it was, but they should have their reasons and it didn’t affect the outcome of our meal at all. We still want to go back there. We passed by stupid right off the bat, since we were handed two books (real books) when we asked for the menu and didn’t realize the menu was inside. We had to be explained. The menu was right there.

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As pizzas têm no seu nome zonas de Lisboa, e trazem ao palato sabores novos. Sabores que não associamos automaticamente a pizza, como por exemplo bacalhau refogado em alho francês. Parece-me um excelente adversário para o Casanova e a boa concorrência nunca fez mal a ninguém, até pelo contrário.

Começamos por uma Focaccia de Manjericão, com tomate fresco, mozzarella de búfala, manjericão, pesto e oregãos. Uma excelente escolha para dois tolinhos do manjericão. Nas pizzas, para mim veio uma Baixa com Mozzarella, Provolone, Catupiry, Gorgonzola e Parmesão. Muito boa. Para a Inês, uma Castelo com cogumelos frescos, rodelas de Palmito, frango desfiado e catupiry. Também aprovada.

AMESA vale pela comida, pela simpatia e pelo espaço. O espaço é especial e vale a pena.

The pizzas have the names of areas from Lisbon. Typical areas, and bring new flavors to the table. Flavors you wouldn’t normally see in a pizza, like fried cod in french garlic. It seems to me that this is a good adversary for Casanova and good competitions is always healthy.

We started with a Basel Foccacia, with fresh tomatoes, bufallo mozzarella, basel, pesto and oregano. An excellent choice since we are both addicted to basel. For the pizzas I had a Baixa with mozzarella, provolone, catupiry, gorgonzola and parmesan. Really good. For Inês a Castelo with fresh mushroooms, slices of heart of palm, sliced chicken and catupiry. Also a great choice.

AMESA is worth it for the food, the simpaty and the environment. The environment is special and is worth the visit.a mesa-008a mesa-009a mesa-010

Boa Pinga: Vale de Lobos, Trincadeira 2005

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Hoje é dia para mais um vinho. Ainda estamos muito atrasados na lista que temos para partilhar convosco mas não faz mal. É preciso dar tempo ao vinho para respirar! Desta vez trazemos um vinho da Quinta da Ribeirinha, quinta essa que fica na Póvoa de Santarém, a 7 quilómetros da Cidade de Santarém.

A Quinta da Ribeirinha pertence à família Cândido desde há várias gerações, desde o patriarca da Família, José Cândido. As suas principais castas são Tincadeira Nacional, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Fernão Pires, Trincadeira das Pratas, Verdelho e Alicante Bouchet.

Hoje vamos falar só da Trincadeira Nacional uma vez que o vinho que vos trazemos é um mono-casta.

Vale de Lobos, Trincadeira 2005 é um vinho tinto da zona Regional do Tejo com vindima manual. Os vinhos desta zona, são vinhos que mais recentemente nos têm surpreendido. Era uma zona a que nós não ligavamos muito (por ignorância). No entanto, bons vinhos não faltam e nos próximos tempos iremos partilhar alguns. No que diz respeito ao estágio, passou 4 meses em cascos de carvalho francês e 2 meses em garrafa. Na boca apresenta-se como um vinho encorpado, de média acidez. Um bom vinho para acompanhar pratos de carne, como a nossa Barriga de Porco ou os nossos Bifes de Marinada.

À vossa!

Today we bring you another wine. We are still really behind on the list of wines we have to share but it’s ok. We must let the wine breath! This time we bring you a wine from Quinta da Ribeirinha, vineyard that is located in Póvoa de Santarém, 7 kilometers from the City of Santarém.

The Quinta da Ribeirinha belongs to the Cândido family for several generations, since the patriarch of the family, José Cândido. It’s main grape varieties are Tincadeira Nacional, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Fernão Pires, Trincadeira das Pratas, Verdelho and Alicante Bouchet.

Today we’ll be talking about Touriga Nacional since the wine we bring you is mono-variety.

Vale de Lobos, Trincadeira 2005 is a wine from the region of Tejo with a manual harvest. The wines from this region, are wines that have been surprising us tremendously. It was a wine region that we didn’t care a lot (by ignorance). Nevertheless, there is a huge amount of good wines in this region and we’ll be sharing some in the next posts. It’s staging was of 4 months in French Oak Casks and 2 months in the bottle. In the mouth it’s a bold wine with medium acidity. A good wine for meat courses, like our Pork Belly or our Marinated Steaks.

Cheers!

Sopa de tomate com extras

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Esta é rápida e super fácil. É também uma receita super económica, o que é cada vez mais importante nos dias que correm. Sopa de tomate com extras. Digo extras porque as possibilidades são enormes. Depois da base da sopa feita, podemos acrescentar ovo escalfado, chouriço frito, queijo de cabra, um fio de azeite, e por ai fora.

Eu escolhi chouriço frito e ovo escalfado.

Para a base só precisamos de cebola, alho, tomate maduro, sal, caldo de galinha (ou água se não tiver), pimenta e açúcar. Primeiro, fazemos um refogado com a cebola e o alho. Depois de transparente, adicionamos os tomates em quartos. Damos alguns minutos até os tomates começarem a ficar em “papa”. Nesta altura, juntamos o caldo de galinha até cobrir os tomates, sem exagerar. Mais vale por a menos que a mais e acertar no final. Depois do caldo, a fervura vai acalmar. Deixamos voltar a ferver. Assim que começar a ferver, trituramos. Eu adicionei , antes de triturar, um pouco de manjericão, mas não é necessário. Depois de triturado, vamos então colocar o sal e o açúcar para acertarmos o tempero. O açúcar ajuda a cortar a acidez.

A base está então feita. Basta depois escolher o extra e colocar na sopa. Por opção, só coloco a pimenta moída na hora de servir e em cada prato, assim como aos extras.

Boas sopas!

This one is fast and super easy. It’s also a super cheap recipe which is always an important thing nowadays. Tomato soup with extras. I call it extras because there is a variety of things to choose. After the base of the soup is done, just add the poached egg, fried chourizo, goat cheese, a dash of olive oil, and more.

I chose the poached egg and the chorizo.

For the base we just need onions, garlic, ripe tomatoes, salt, chicken stock (or water), black pepper and sugar. First, we eat the pan with olive oil, onions and garlic. After the onions are translucent, we add the tomatoes chopped in quarters. Give them a few minutes until the tomatoes get “squishy”. At that point, we had the chicken stock just until you cover the tomatoes, without adding too much. It’s better to add less than more and fix it at the end. After the stock the eat on the pan will lower. Let it boil again. As soon as it starts boiling, we blend it. I added a little bit of basil, but it’s not necessary. After blended, we’ll put the salt and the sugar to season the soup. The sugar helps to cut the acidity.

The base is ready. Now choose your extras and add them to the soup. I choose to put the black pepper only in the plate before serving, just as the extras.

Good soups!

Barriga de porco com batata assada

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Mais uma receita de inverno para nos aquecer. Esta estava já há muito tempo para sair da cabeça e passar à prática. E valeu bem a pena! Ficou muito boa. Barriga de porco com batatas assadas. É uma receita para demorar. Leva no forno entre 2 a 3 horas, mas vale cada minuto.

Fui a um dos meus talhos de eleição em Lisboa, e como eles desmancham lá as peças inteiras arranjaram-me logo a barriga de porco. Era uma peça gigantesca, por isso só levei metade. Deu para dois tabuleiros. Pensava eu que dava para umas 8 pessoas ou mais, mas o sabor estava tão apelativo e é um prato tão guloso, que por 4 demos cabo de tabuleiro e meio. Antes de começar a contar a receita deixo já uma nota prévia. Para a próxima tenho que tentar arranjar uma barriga de porco mas de um animal mais pequeno. Sentimos no final que esta era um pouco grande demais, e mais pequena ainda iria contribuir mais para o sabor.

Mas vamos para a receita que é para isso que cá estamos! Para começar, vamos cortar em fatias grossas 2 a 3 cebolas grandes com casca. Cortamos também 2 a 3 bolbos de alho com casca também. Dispomos o alho e a cebola no tabuleiro que vai ao forno. Juntamos um pouco de água e vinho tinto. Estes líquidos servem para criar um vapor que ajudará a assar a carne em alumínio. Podem sempre experimentar não colocar e ver a diferença. Talvez fique mais estaladiça.

Another winter recipe to warm us up. I had this one on my mind for quite a bit and now it was time to make it happen. And it was worth it! It was really good. Pork belly with baked potatoes. It’s a recipe that takes time. It takes from 2 to 3 hours in the oven, but it’s worth every minute.

I went to one of my favorite butchers in Lisbon, and since they have the whole pieces on the store, it was easy to get the entire pork belly. It was a massive piece, so I only took half. I made two trays with it. I thought it was enough for 8 people or more, but the flavor was so intense and so yummy, that 4 of us got through a tray and a half. Before I explain the recipe, I’ll leave you guys with a previous note. Next time I have to try and buy the belly of a smaller animal to intensify the flavor.

But let’s go ahead to the recipe, because that’s what we’re here for! To start, lets cut large slices of 2 to 3 onions with the skin on. Lets do the same to 2 to 3 bulbs of garlic, also with the skin on. We lay the onions and garlic on the tray. Add a little water and red wine. This liquids will help to create the steam that will cook the meat when it’s wrapped in the aluminum foil. You can try not to put the liquids and try the difference. Maybe it’ll be more crispy.

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Em seguida fazemos uma mistura seca com tomilho, piri-piri, piri-piri sacana e cominhos (em pouca quantidade). Misturamos bem e juntamos azeite. Na carne fazemos alguns golpes do lado da pele mas sem que quebre a pele, ou seja, sem que chegue à carne. Do outro lado fazemos também alguns cortes para que o tempero entre na carne. Depois dos cortes feitos, massajamos a carne com a mistura de ervas e azeite. Depois de bem untada, colocamos na travessa e cobrimos de alumínio. É necessário fechar bem o alumínio para obter o efeito desejado. Nesta altura coloquei também batatas com casca cortadas em quartos.

Em seguida basta colocar no forno a 180º e esperar. Ao final de duas horas devem verificar a assadura e se já estiver assado, retirar o alumínio e aumentar a temperatura só para tostar a pele. Se ainda não estiver no ponto deixem o alumínio mais tempo.

Next with make the dry rub with thyme, cayenne pepper, dried chili and cumin (in a small dosage). We mix it well then add a little olive oil. In the meat we make some cuts on the side of the skin but try not to reach the meat. On the other side do some cuts so the seasoning will penetrate the meat. After the cuts, rub the mixture on the meat, put it in the tray and cover with the foil. Make sure it’s well covered so it will have the desired effect. At this point I also added the potatoes with skin sliced in quarters to the tray.

Now place it in the oven at 180º and wait. After 2 hours you should check the meat and if it’s done, remove the aluminum foil and turn up the temperature to toast the skin. If it’s not done yet, leave the foil for a little longer.

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Depois de cozinhado, basta servir com uma salada para contrabalançar os sabores. E lembrem-se, esta não é uma comida para ser invejoso. É para partilhar, por isso convidem os vossos amigos e criem momentos especiais.

Para acompanhar, tivemos dois excelentes vinhos. Começamos com um Carm Tinto Reserva 2010, Douro. Um excelente vinho composto por Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Um vinho de textura suave com final intenso e persistente bem à maneira do Douro. O segundo vinho foi o Dona Ermelinda Reserva 2011 Tinto, Palmela. Este vinho arrebatou tudo e todos. Combinou de forma excelente com a comida e fez um contraste perfeito com o início suave do Carm. Não podia ter corrido melhor. O Dona Ermelinda com Castelão, Touriga Nacional, Trincadeira e Cabernet Sauvignon. É um vinho de sabor denso, cheio, com grande estrutura.

Espero que tenham ficado com fome e com sede. Bom proveito!

After the meat is cooked, just serve it with a good salad to even out the strong flavors. And remember, this is food to share, not to keep for yourself. Invite your friends and create special moments.

To drink, we had two excellent wines. We started with Carm Red Reserve 2010, Douro. An amazing wine made with Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca e Touriga Nacional. A wine with a soft texture with an intense and persistent ending just like a Douro wine demands. The second wine was a Dona Ermelinda Reserve 2011 Red, from Palmela. This wine stole the spotlights. It paired amazingly well with the food and created the perfect contrast with the soft start of Carm. It couldn’t have gone better. The Dona Ermelinda has Castelão, Touriga Nacional, Trincadeira and Cabernet Sauvignon. It’s a wine with a full and dense flavor with great texture.

I hope you guys got hungry and thirsty.

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