Provavelmente, a melhor pizza de Lisboa

Começar uma crítica com um título destes entrega logo os pontos todos à cabeça. Mas a verdade é que ficámos mesmo com essa sensação. Sim, é verdade. Nós, amantes convictos do Casanova, fomos convencidos.

Fomos convidados para a inauguração do Restaurante Forno D’Oro e nem pensámos duas vezes. Não conhecíamos nada do espaço, nem do Chefe Tanka Sapkota, mas assim que descobrimos que era o Chefe do Come Prima e o conceito que queria implementar no seu novo projecto sentíamos que era coisa para resultar. E resulta mesmo. Um restaurante que se quer assumir como pizzaria sem deixar de fazer bem outros pratos, que aposta na cerveja como principal acompanhante das ditas tendo uma oferta invejável de cervejas artesanais italianas entre muitas outras. O que é que esta pizzaria traz a mais que as outras? Cerveja? Boa pergunta! Sim, mas não só claro!

 O grande objectivo do Tanka é mostrar que a pizza Napolitana não é fininha como agora parece estar nas modas por cá. Isto, sem nunca deixar de ser leve. Muito, muito, leve. Para isso conta com a sua formação em Itália, às mãos de Gabriele Bonci que lhe passou inclusivamente a receita de fermento, que será um dos “ingredientes secretos”, muitos anos de experiência e um forno, forrado a ouro, que coze as pizzas entre os 450º e os 500º. Pois é, leram bem. As pizzas levam entre 60 a 75 segundos. Uma eternidade.

Mas vamos então à experiência. O convite chegou-nos pelo Carlos Pissarra que faz parte da Estoril4Press. Não o conhecíamos antes, mas adorámos conhecer. Muito simpático e sempre disponível. Depois de conhecermos o Carlos pessoalmente, assim como a Cristina Santos Silva (responsável pela decoração do espaço), estava na hora de dar início às festividades. Fomos recebidos com um Prosecco Gancia que não conhecíamos e que nos arrebatou. Acompanhou com excelência a abertura da forma de um Parmeggiano com 2 anos. Foi-nos dito que a abertura de um Parmeggiano é quase um ritual em Itália e que os primeiros 15 minutos têm um sabor incrível. Nós concordámos e aprovámos.

Já à mesa, a refeição passou por uma degustação de alguns pratos. Começámos pela Bruschetta de tomate que marcou logo um início estrondoso. Os sabores simples, a frescura. Tudo marcava pela positiva. Passámos então para uma Foccacia, que nos foi dito mais tarde pelo Chefe Tanka que é basicamente a massa da pizza com banha de porco, parmeggiano e manjericão. Pela Focaccia já se percebia a leveza da massa e do potencial que a pizza teria. Bem dito, bem feito. Chegaram as pizzas, primeiro uma pizza margherita e depois uma pizza de presunto. O molho de tomate, o presunto, o queijo, o manjericão, sei lá. Não encontrámos um único defeito. Tudo comido à mão como manda o Chefe! Para culminar a refeição, uma vitela estufada em baixas temperaturas com uma cama de especiarias que foi de comer e chorar por mais. Tudo da melhor qualidade, rara excepção para o ingrediente que não é português, como o presunto.

A refeição foi muito bem acompanhada quer à direita, quer à esquerda por dois bons vinhos. O branco, Castello D’Alba, Vinhas Velhas, Douro 2013 Grande Reserva. O tinto, Casa da Palmeira, Douro 2010.

Depois de toda esta descrição, porque é que dizem provavelmente? Hoje vocês estão com excelentes perguntas! Porque queremos provar mais, como as pizzas diferentes (uma leva molho de francesinha!), porque queremos provar a experiência da pizza acompanhada de cerveja artesanal, e mais, porque temos noção de que era um dia especial, onde tudo tinha que correr bem. Agora, vamos voltar na “calada” e tirar a limpo. Mas algo me diz que vai ser brutal. E, já agora, não se esqueçam de ver a fotógrafa que gostou tanto que até ela aparece nas fotos!

Contactos:

Rua da Artilharia 1, 16, Lisboa

12h-15h e 19h-23h

Não tem decanso semanal

Telefone: 213 879 944