A Nossa Ginja
25.05.2017
A Ginja está doente. Enquanto escrevo isto não sabemos exactamente o que tem. Deixou de comer ração, fosse ela a melhor ou a mais manhosa, depois deixou de comer comida húmida. Primeiro hipótese seria stress intenso por termos estado 3 semanas fora.
Está prostrada, um pouco desidratada, parece dormir ainda mais do que o habitual e, mais estranho de tudo, não foge de nós quando lhe tocamos. Ela é a #Ginjatheninjacat por ser tão fugidia. É a nossa vadia. A gata de casa que queria ser gata de rua e que vem ter comigo assim que começo a cantar, pronta para deixar de lado a sua rebeldia.
Neste momento, o aperto no peito é imenso. Sabemos que as análises de sangue estão boas, não tem febre, mas falta saber uma análise fulcral: se tem FELV ou não. Se não for isso, mais difícil fica perceber.
29.05.2017
A Ginja não tinha FELV, as análises não apontavam para nada. A nossa Ginja deixou-nos hoje, a caminho do Veterinário, quando íamos tentar perceber melhor o que poderia ter através de uma ecografia.
Não sabemos o que se passou, nem os médicos conseguem explicar bem, mas sabemos que durante 4 anos tivemos uma gatinha feliz, com uma personalidade muito vincada, muito Diva, e sempre doida para saltar para o muro de casa e se esfregar ao sol.
A Ginja era aquela gata que sempre dissemos que iria sobreviver a todos os outros. Porque era esquiva, queria ser vadia, tentou fugir 3 vezes quando ainda era pequena e nada lhe acontecia. Ao mesmo tempo exigia a sua dose de mimo.
Adorava o frango do Marquês, fiambre e atum saído da lata. Sabia sentar enquanto esperava a sua vez na hora do biscoito. Chegou a adorar cerveja e cheirava todos os vinhos, daí ser a nossa enóloga.
Também adorava ouvir a dona cantar e havia poucos momentos em que estivesse mais mimosa do que quando isso acontecia. E tinha os olhos mais bonitos que já alguma vez vi num gato.
As palavras custam a sair e o que sai, sai tudo atabalhoado (pedimos desculpa por isso), mas a verdade é que estas 4 bestas que temos cá por casa são família e as lágrimas já foram muitas. Custa muito perder um animal de estimação, uma companhia destas (na verdade é uma merda), com quem passamos tanto tempo, a quem sempre demos tudo e que tanto nos deu.
A Ginja será sempre a nossa #Ginjatheninjacat, a gata que nos escolheu, escolhendo o Dexter ao dar-lhe com a patita na cabeça há cerca de 4 anos. E as Divas não morrem, não é?
A Ginja, quando não estava no muro, adorava estar à janela a ver tudo o que se passava na rua. E foi a essa janela que a levei momentos antes de a colocar na caixinha, momentos antes de nos deixar.
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