Abril 22, 2014 1 Comentário Bebida, Comida

A verdadeira Carbonara!

Cá por casa temos uma viciada em Carbonara. É a massa preferida dela, mas por cá nunca conseguia comer nenhuma que chegasse perto da melhor que comeu em Little Italy, Nova Iorque. Para quem conhece a “pancada” que a Inês tem por Nova Iorque, sabe que será sempre difícil superar a Carbonara que comeu lá, nem que seja só pelo simples facto de ter sido comida em Nova Iorque. Mas eu como também não sou bom da cabeça, aceitei o desafio. Ia fazer a verdadeira Carbonara. Não ia usar natas, nem nada do género.

Pedi ajuda ao grande Antonio Carluccio e à sua receita, peguei nos ingredientes certos e pus mãos à obra.

 Não precisamos de muito. Para duas pessoas bastam dois ovos (mais uma gema para ficar mais cremoso), esparguete (usámos spaghetonni que é o tamanho acima do spaghetti), pancetta (ou bacon, mas a pancetta é muito superior na minha opinião), parmesão, sal e pimenta preta. Viram como é simples? A única coisa mais cara aqui será a pancetta, e até essa podem trocar pelo bacon. Eu compraria pancetta, porque apesar de mais cara, o sabor que traz ao prato é fantástico.

Primeiro colocamos a massa a cozer em água com sal até estar “al dente”. Não interessa cozer demais porque a mesma ainda vai ao calor com a pancetta. Enquanto coze a massa, numa frigideira com azeite, fritamos a pancetta (previamente cortada em cubos pequenos). Deixamos fritar bem para que fique crocante.

Num recipiente à parte, juntamos os 2 ovos mais a gema, o parmesão ralado (muito!), sal e pimenta preta moída na hora e batemos ligeiramente até envolver.

Assim que a massa estiver no ponto, juntamos na frigideira com a pancetta. Se quiserem, podem retirar alguma da gordura da pancetta, antes de juntar a massa, se acharem que está em demasia, mas não se esqueçam: gordura é sabor. Se retirarem demasiada gordura, não estão a passar nenhum do sabor para a massa.

Depois de envolver bem a massa, retirem a frigideira do lume. Interessa que esteja quente quando juntarmos o ovo, mas não debaixo de calor directo. Queremos envolver o ovo devagar para que ganhe consistência lentamente. Deitamos a mistura dos ovos e envolvemos na massa.

Já só resta servir, e porque não ralar mais um pouco de parmesão e um pouco de pimenta preta no prato. Não se vão arrepender.

Para acompanhar, servimos um vinho branco alentejano de 2012, Loios. Este é um vinho produzido pelo João Portugal Ramos Vinhos, que não desilude em nada. É um vinho suave composto pelas castas Arinto, Rabo de Ovelha e Roupeiro. Este vinhos foi distinguido como “Sabor do Ano 2014”.

Agora toca a experimentar que vale a pena!