Amesterdão – Parte 2: O que comemos
Em Amesterdão, entre bicicletas, moinhos e museus, um homem tem que comer. Mais dois homens e duas mulheres. E se comemos bem! Por incrível que pareça comemos melhor em Amesterdão do que em Roma. Isto foi o que mais me surpreendeu. Não podemos dizer que comemos coisas muito tradicionais. Até porque pareceu-me que o forte deles é a cozinha internacional. O que fazem é bem feito, seja de onde for. Mas não nos esquecemos dos seus queijos e o seu pão. Nós, portugueses, que somos conhecidos como padeiros não temos melhor pão que eles. Em quantidade não de certeza. Em qualidade, ou andamos perto ou perdemos. Nos queijos é diferente. São muitos e bons. Muitos bons. Mas aí ainda damos cartas. Vamos então aos nossos destaques, vá, o nosso pequeno guia gastronómico.
Começamos já por um dos melhores. De Hallen. Isto é uma espécie de LX Factory de Amesterdão. Ainda muito recente já conta com muitas opções de enorme qualidade no campo da alimentação. Muitas opções diferentes mas todas com um aspecto brutal. Nós fomos seduzidos (duas vezes) pelo The Butcher. Não somos fãs dos hambúrgueres gourmets. Pelo menos a moda que por cá andou (já foi embora?) nunca nos pegou. Se calhar porque nunca apanhámos a qualidade que apanhámos no The Butcher. A frescura dos ingredientes, a imaginação das combinações, a qualidade da carne. Tudo junto dá perfeição. É matemático. Desde o Big Daddy ao Bennedict passando pelo Ugly, não há escolhas erradas.
À porta do De Hallen, outra coisa espectacular: um mercado de frescos. Os queijos, o pão saído do forno, uma banca só de batatas fritas, outra só de asas de frango. Mais uma quantidade de escolhas infindáveis. Este acabou por ser o sítio de eleição para pequenos almoços, ou almoços rápidos (e baratos). Comprar pão de um lado, queijo e fiambre do outro, passar pelas sandes de pastrami ou de almôndegas. Não há escolhas erradas por ali. Tudo feito com muita qualidade e sabor.
Em termos de cafés de rua, deixamos dois destaques. O primeiro é o Lot Sixty One onde o café ou o latte são de enorme qualidade. Café moído por ali numa máquina gigante. Do tamanho da simpatia com que éramos sempre atendidos. O segundo é para o Berry. Tinha um pequeno almoço agradável. O que une todos estes cafés é o estilo. São espaços envolventes e muito bonitos. Devíamos ter mais por cá. Isso e o conceito do café para levar. Faz cá falta. Além do Starbucks, claro!
Amesterdão não é um sítio barato, pelo que, se não queremos gastar todo o orçamento em restaurantes é preciso escolher bem. E nós tivemos essa sorte. Encontrámos um restaurante italiano chamado Vapiano mesmo ao lado da biblioteca que estava sempre à pinha. Barato e com bastante qualidade. Quer dizer, o primeiro dia foi provavelmente das melhores experiências que tivemos na Holanda. A segunda vez que lá fomos, foi das piores. Mas adiante. Quando correu bem comemos Linguini com camarão e espinafres e esparguete com tomate e manjericão. Tudo feito na perfeição: molho de tomate caseiro, molho de pesto caseiro, grana padano, etc. Excelente mesmo. Depois havia um pormenor muito giro, em que as mesas de refeição tinham vasos de manjericão e outros condimentos para nos servirmos à vontade. Da última vez fui para a pizza e estava seca, queimada. A massa da Inês também não correu bem. Faltavam ingredientes. Mas pareceu mesmo um azar. Tanto que tenho a certeza que quando voltar a Amesterdão, volto lá.
No que diz respeito à comida mais holandesa, tivemos a refeição em Zaanse quando fomos ver os moinhos de vento. Comi uma sopa que me deixou maluco: uma sopa típica de Zaanse feita com mostarda. Espectacular! Ainda tenho que descobrir a receita. Para segundo, optei por uma sandes de pastrami com pickles e salada para matar saudades de Nova Iorque. A Inês atirou-se aos tradicionais “Kroket” (Croquetes) de vitela com mostarda de Zannse. Esta refeição foi na esplanada do De Baleine. A repetir.
Mas fiquem com as fotos. Batem a minha descrição aos pontos. Bom apetite!
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