Cachaço de Novilho em Vinha d’Alhos
A receita de cachaço de Novilho em Vinha d’Alhos para fazer com paciência e, principalmente, com muito amor. É para ocasiões especiais. Não que seja elaborada ou difícil. Longe disso. O tempo de preparação não passará a meia-hora e a complexidade está muito perto do zero. Mas é um prato que leva tempo. Tempo de forno. Tempo para apurar, para chegar lá. Para mostrar todo o seu potencial. Este esteve quatro horas no forno. E valeu cada segundo.
Começamos no dia anterior. Pegamos no cachaço de novilho e pomos a marinar em vinha de alho: muito alho, louro, um bom vinho tinto, sal, pimenta e azeite. Podem ainda juntar coentros à vinha d’alhos. Deixar de um dia para o outro no frigorífico. No dia seguinte, retirem a carne do frigorífico e deixem-na chegar à temperatura ambiente.
A seguir, usem uma panela que possa ir ao forno. Se não tiverem, usem uma frigideira e depois mudem para uma travessa e tapem a travessa. O objectivo aqui é selar a carne antes de ir ao forno. Isto fará com que a carne mantenha os sucos dentro de si mesma e mantenha sabor. Isto não é mais que dar cor à carne de todos os lados durante alguns segundos. A gordura que usei foi banha.
Depois de ter a carne selada, juntamos a marinada à panela, cebolas, cenoura e quaisqueres outros legumes que queiramos juntar. Juntamos também uns raminhos de tomilho e caldo de carne. De preferência, usem sempre caldo de carne feito por vocês em casa. O sabor é melhor e mais saudável. Se só tiverem de compra, atenção ao sal.
Por esta altura já devem ter o forno pré-aquecido nos 150º. Agora é só pôr a panela e aguardar 4 horas. Vão vendo de hora a hora para irem regando a carne. Nada se perde com esta atenção. Se tiverem um ajudante como eu, é fácil. O Dexter ladra quando é para regar. No final, se quiserem, podem retirar a tampa e deixar mais algum tempo para reduzir um pouco o molho da vinha d’alhos.
Agora chamem a família e sirvam acompanhados de boa pinga. Nós escolhemos um Vinho Tinto Foz Torto e para terminar um Vinho do Porto Barros Colheita de 1984, o ano da Inês. Tudo aprovado pela Ginja, a enóloga cá da casa. Noutro dia, conto-vos o acompanhamento: arroz à transmontana.
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