Janeiro 6, 2016 0 Comentários Comida, e TQB!, Guias de viagem

Chelsea Market – Meatpacking District, New York

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Esta é uma das pérolas do Meatpacking District. Começando pela envolvência, o Meatpacking District tem este nome devido à intensa indústria relacionada com matadouros, acondicionamento de carne e todas as actividades relacionadas. Numa altura em que o bairro se tornou um sítio não tão bom para se viver, a indústria apoderou-se quase completamente do bairro. Os mercados de produtores que apareceram depois da guerra civil na área e juntamente a debandada de pessoas para fora do bairro, fez com que a indústria dos matadouros assumisse a zona.

 

Vamos à história!

Por alturas de 1900, já se contavam 250 matadouros e fábricas de acondicionamento de carne. Depois de décadas de debate, uma linha de comboios suspensa foi autorizada em 1929 como parte do plano de melhoramento da zona Oeste. A construção foi terminada em 1934 e ajudou a fomentar todo esta indústria. Hoje em dia essa linha foi recuperada e é um dos pontos a não perder em Nova Iorque: o High Line. Com o tempo a indústria entrou em declínio e por altura de 2003 apenas 35 fábricas se mantinham. O bairro depressa passou de zona não desejada para morar para ser uma das mais cobiçadas. Apareceram bons restaurantes, grandes lofts, tudo a aproveitar a estética industrial da zona e os preços dispararam.

O mercado Chelsea Market

Depois deste pedaço cultural, falamos sobre o que dá origem a este post: o Chelsea Market. É um edifício onde encontramos restaurantes, lojas, escritórios e alguns canais de televisão bem conhecidos, como a Food Network, Google ou Youtube. Uma coisa que muitos de vocês devem achar piada, é que o Chelsea Market foi construído na antiga Fábrica Nacional de Biscoitos onde foi criada e produzida a bolacha Oreo.

Os responsáveis pelo Chelsea Market criaram um simbiose muito interessante entre lojas e restaurantes, onde são criados incentivos para que os restaurantes comprem produtos frescos nestas lojas, criando assim um comércio local onde a qualidade dos ingredientes de todos os restaurantes está garantida. Um exemplo que muitos outros espaços deviam seguir, tendo em conta a quantidade de mercados em Portugal que já começa a contar com espaços de restauração.

Onde comer?

A quantidade de restaurantes ou espaços de refeição ainda é grande: Fat Witch Bakery, Amy’s Bread, Ruth’s Bakery, Chelsea Wine Vault, Eleni’s Bakery, The Lobster Place, Dickson’s Farmstand, The Green Table, Chelsea Thai e Friedman’s Lunch. Este último foi o nosso escolhido para almoçar. Não nos arrependemos.

Desde a sandes de Short Ribs (que é carne de vaca das costelas) com queijo Cheddar, cebolas caramelizadas e uma maionese de rábano em pão Ciabatta, à simples salada de frango ou à sopa, tudo estava maravilhoso.

É um bairro a visitar, quer pelo Chelsea Market, quer pelo High Line, quer pelo ar industrial que se sente na arquitectura.

A viagem por Nova Iorque ainda não terminou, por isso apertem o cinto que entretanto voltamos à carga.

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