Chili com carne
Um dia destes, para o nosso jantar, fizemos umas almôndegas recheadas com mozzarella que ficaram um espectáculo. A Inês acabou por levar para o almoço dela e nisso surgiu alguma curiosidade no seu trabalho. O chefe dela pediu-lhe a receita para fazer para os miúdos e disse-lhe que por vezes era difícil encontrar algumas receitas assim mais simples, como por exemplo, a receita de um bom Chili. Isso deu-nos a ideia para a receita de hoje.
O que é o Chili?
Depois de estudar um pouco o assunto, percebe-se que fazer chili não só é simples de fazer, como é saboroso e ainda melhor, barato. É um bom prato para fazer para muita gente e normalmente agrada a todos. Na sua natureza pede um pouco de picante, mas é perfeitamente contornável para quem não é fã, uma vez que o refogado e o deixar apurar bem é mais do que suficiente para ter sabores que nunca mais acabam. Bom refogado com pimento, carne picada de vaca, feijão encarnado e arroz branco. Esta é a essência.
E se quiser evoluir?
Também é possível, claro. É sempre possível. Foi o que tentámos fazer. Sem cortar nunca com a essência do que define o sabor do chili. Senão deixava de ser chili para ser outra coisa qualquer e não é isso que queremos aqui. Fomos olhar para a receita e ver como poderíamos acentuar alguns sabores da receita. O chili é uma receita de carne de vaca. Mas nós como gostamos de ser malvados, decidimos juntar também carne picada de porco. O que é que isto traz? Gordura animal. A carne picada de vaca era mais magra e por isso a junção do porco trouxe mais sabor através dessa gordura. Outra das coisas que fizemos foi, depois de juntar a carne ao refogado e deixar ganhar um pouco de cor, juntámos caldo de carne. Isto fez com que a carne intensificasse mais ainda o seu sabor.
E valeu a pena?
Sempre. Vale sempre a pena olhar para uma receita e explorar as suas potencialidades. Como podemos potenciar o sabor? O que podemos alterar ou adicionar na receita para que os sabores se intensifiquem sem que o prato final perca o que o define? Primeiro passo, ler a receita toda do princípio ao fim. Depois organizar as coisas na cabeça. No final perceber o que podemos mudar ou melhorar. Há sempre qualquer coisa. As receitas raramente são bem escritas ou com todos os detalhes (falo por mim). É mais fácil cozinhar e estar na cozinha do que estar depois a apontar todos os detalhes. A receita deve por isso, ser usada como referência e não como livro de regras. Bom apetite!
- Pimento vermelho
- Pimento verde
- Cebola
- Alho
- Azeite
- Tomates
- Polpa Tomate
- Feijão encarnado
- Carne picada Porco
- Carne picada Vaca
- Caldo de carne
- Malagueta fresca
- Cominhos
- Pimentão doce
- Piri-Piri em pó
- Salsa
- Começamos por fazer um bom refogado com azeite, cebola, alho, a malagueta e os pimentos vermelho e verde em pequenos cubos
- Depois de deixar o refogado apurar, juntamos a carne picada e deixamos alourar um pouco
- Juntamos os cominhos, o pimentão e o piri-piri (se necessário)
- Juntamos os tomates (sem sementes) e polpa de tomate
- Adicionamos o caldo e deixamos apurar lentamente
- Provamos e temperamos a gosto (sal e pimenta preta)
- Quando a carne estiver com o sabor que procuramos, juntamos o feijão e deixamos cozinhar
- Depois de retirar do lume, juntamos salsa picada e servimos com arroz branco
- Há quem use também vinho branco depois de juntar a carne. Nós, por acaso, não utilizámos mas parece mais uma forma de acrescentar sabor.
- Não se assustem nunca com os caldos. Se não tiverem em casa, ou não tiverem tempo para o fazer, já se consegue comprar nas grandes superfícies pacotes de caldo líquido para usar. Não custa nada.
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