Encontro com o Vinho e Sabores – Lisboa 2015

O Encontro com o Vinho e Sabores é um dos maiores eventos para provas de vinhos, sem dúvida. Junta muitos produtores e todas as regiões do país e ainda vai buscar alguns de outros países. É um excelente sítio para ir conhecer os vinhos que andamos loucos para provar mas que ainda não tivemos oportunidade (ou carteira) e para conhecer coisas novas. Sinceramente, para nós, a parte mais gira e aliciante é a segunda. Provavelmente, porque não conhecemos as novidades e por isso é difícil antecipar algo que não conhecemos, mas principalmente pela sensação que se tem de estar a descobrir algo que ninguém conhece. Se calhar tinhamo-nos dado bem na altura das descobertas Portuguesas.

Como correu o evento?

Infelizmente só fomos ao Vinho e Sabores no sábado à tarde o que parecendo que não, não é tempo suficiente para provar tudo o que queremos. Íamos andando pelo salão e escolhendo de forma aleatória e quase por instinto ou chamariz visual os produtores que não conhecíamos. Aí pedíamos para nos falarem sobre o seu produto e que vinhos deve um total desconhecido provar para os ficar a conhecer. Fomos sempre bem recebidos e todos os produtores com que falámos foram muito prestáveis e tiveram disponibilidade para nos explicar tudo.

Os nossos destaques

Por esta altura, já muitos blogues especialistas na matéria falaram sobre os grandes vinhos que provaram por lá. Nós vamos falar dos que nos surpreenderam e que, claro, não conhecíamos de lado nenhum mas já não esquecemos:

• Flor do Tua – Reserva – Branco – 2014: Este é um vinho produzido pela Essência do Douro Wines & Gourmet, uma empresa familiar que nos traz este vinho produzido na DOC Trás-os-Montes, na zona de Mirandela. Composto pelas castas Viosinho e Códega de Larinho, é um vinho aromático, puxando para os sabores de Verão: flores silvestres, ananás e leves citrinos.
• Tapada de Coelheiros – Branco – 2014: O Tapada de Coelheiros vem desde o Alentejo e é nos trazido pela Herdade dos Coelheiros, uma empresa familiar criada em 1981. Este vinho é composto pelas castas Roupeiro, Arinto e Chardonnay. Tem uma fermentação parcial em barrica de carvalho Francês e em cuba de inox. Conta também com um estágio em garrafa durante 3 meses. Frutado com notas de futos secos. Um vinho agradável onde os toques de madeira fazem maravilhas.
• Cabeço do Mocho – Branco – 2014: Esta pérola chega até nós desde a grande região do Dão. Um vinho produzido por Jaime de Almeida Barros da Quinta das Camélias, que fica na aldeia de Sabugosa. As castas presentes são Encruzado, Malvasia-Fina e Cerceal. É mais um excelente vinho que o Dão tem para nos oferecer entre outros tantos. Se não conhecem, têm que encontrar e provar.
• Quinta das Camélias – Reserva – Tinto – 2012: Dos mesmos produtores que o Cabeço do Mocho acima, este é mais um grande vinho do Dão. Composto por Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, leva um estágio de 6 meses em carvalho francês e americano tosta média.

Conclusão

Este ano como vêem, os destaques vão quase todos para os brancos. Ajudou o facto de o calor ter saído à rua nesse dia. Puxa sempre mais para os lados do branco do que do tinto. Não me interpretem mal! Havia lá tintos de grande qualidade! Mas os nossos destaques são assim. Poucos, diferentes, mas muito bons. Nunca passem a oportunidade de visitar a Vinho e Sabores. Vale a pena.